Não sei se já contei aqui que sou professora de Química, tem um texto no livro da Martha Reis que gosto muito. Para quem quiser saber um pouquinho mais da Química do Amor, esse sentimento inexplicável e que acontece quando a gente menos espera.... Vale a pena ler o texto
A
química do amor!
(Adaptado do livro: Química
Integral - Martha Reis - Editora FTP - 1993 - pág. 379-380)
Violência, miséria, injustiças. O que torna a vida
tão bonita, tão desejada apesar disso tudo? Não há a menor dúvida: é o amor...
Pela lente do amor as pessoas enxergam um mundo mais florido, repleto de
possibilidades de dar certo. O amor é plenitude, é êxtase. Quando uma pessoa
está amando ela se torna mais gentil, alegre, adquire um ar sonhador e vive
rindo à toa. O problema é que se o amor não for bem administrado, ele pode
levar a pessoa a atitudes "quase" ridículas.
É justamente isso que tem feito muita gente resistir aos
seus encantos. Há até os que desprezam totalmente (provavelmente por medo de se
expor). Acham tudo muito embaraçoso e indesejável.
Afinal, uma pessoa que se dá o
respeito não pode viver pelos cantos suspirando por alguém que a faz gaguejar e
ficar rubro quando está por perto. Isso sem contar os outros sintomas: mãos
suando, coração palpitando, respiração pesada, olhar perdido (tipo "peixe
morto"). Muito constrangedor!... Afinal o amor não tem nada a ver com
Química, certo? Errado! O AMOR É QUÍMICA! Todos os sintomas descritos acima são
causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa
apaixonada. Entre essas substâncias estão a feniletilamina, a epinefrina
(adrenalina), a norepinefrina (noradrenalina), a dopamina, a oxitocina, a
serotonina e as endorfinas. Achou que são muitos nomes? Mas sem eles você não
se apaixonaria.
A ação de algumas delas é muito semelhante à ação dos narcóticos, o que explica
de certa forma a oscilação entre sentimentos contraditórios como euforia e
depressão, característica comum a drogados e apaixonados. A ciência ainda não
sabe explicar o que desencadeia o processo químico da paixão.
Como acontece com toda anfetamina, porém, com o passar do tempo o organismo vai
se acostumando e adquirindo resistência. Passa a necessitar de doses cada vez
maiores para provocar o mesmo frenesí do início. Após três ou quatro anos o
delírio que você sentia já se esvaeceu por completo. Neste estágio bye, bye...
Se suportarem a falta de emoções intensas e decidirem
continuar juntos, o cérebro passará a aumentar gradualmente a produção de
endorfinas. As endorfinas atuam como calmante, são analgésicos naturais e
proporcionam sentimentos de segurança, paz e tranquilidade. Quem diria, hein? A
diferença entre uma paixão torrencial e um amor maduro é simplesmente uma
questão de liberar a substância certa! A oxitocina também desempenha um papel
importante em nossa vida amorosa. Trata-se de um hormônio produzido na hipófise
(uma glândula situada no cérebro) cujas funções principais são: sensibilizar os
nervos e simular contrações musculares (a secreção de oxitocina é o que leva ao
clímax no ato sexual). Além disso, esse hormônio estimula as contrações
uterinas da mulher durante parto, leva a liberação de leite e parece que induz
as mães a acariciarem e cheirarem seus bebês.
E você nem sabia que a química é responsável por tudo isso?
Acredite isso também pode acontecer com você.
Pelo menos assim você vai parar de fazer cara feia quando
ouvir falar de química. Lembre-se sem ela você não sentiria sensações tão
maravilhosas como essa. Leia mais sobre química, apaixone-se, dê essa chance ao
seu coração, dê essa chance a sua vida, vale a pena!
Beijos
Feliz Dia dos Namorados para
Tod@s!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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